sexta-feira, 8 de julho de 2011

Pretérito Imperfeito

Não fosse o amor o guia de tantos corações.
Há amores de sempre. Os que nos fogem fugazes entre as asas do tempo. Os sanguineos. Os furasteiros.
Há os que ficam e os que vão. Só porque vão não quer dizer que um dia não tenham sido.
Há os velhos e novos tempos, de um tempo que nem chega a ter ou a ser tempo.
O coração não se rege pelas horas, dias, meses ou anos, que incomodam o relógio da vida.
Rege-se pelo nosso pulsar.
Não importa o lugar, anos, se é para sentir, sente-se. E ponto final. Sente-se de uma maneira única e particular. Todas as vezes será um novo pulsar.
Só porque não ficaram juntos, não para sempre, porque esse só depende de nós, não é sinonimo de menos, de falta de historia, de falta de pulsar. As marcas continuaram, simplesmente, não gritaram ao ‘mundo’ que o amor os une. Correm dois coraçoes soltos, à espera, rompendo a saudade, à espera do nada, e do tudo. Vão. Porque o relogio apressa-se, e para o futuro ‘nunca será tarde demais’. E é uma vontade de ir. São-no, sentem, correm, pulsam. A historia continua.

1 comentário:

  1. «O coração não se rege pelas horas, dias, meses ou anos, que incomodam o relógio da vida.
    Rege-se pelo nosso pulsar.»

    Acho o texto muito intenso e sentido. Gosto muito! =)

    Continua a escrever, que eu, de certeza, que vou continuar a ler. ;)

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